quinta-feira, 20 de agosto de 2009

À você, com carinho.

Tenho vontade de te ajudar, mas não sei como. Tua dor é tão grande que transborda, e acaba tomando conta de tudo e todos que estão à tua volta. Não posso dizer que sei e entendo o que você está sentindo agora, eu sequer imagino.

Jamais passei por algo parecido, e esse, sem dúvida, é meu maior medo.

A cada minuto que passa fico pensando na tua dor, pois tua menininha se foi, e essa sensação de impotência está me matando, mas o que mais está me ferindo é não ter conhecido ela por causa desse meu maldito orgulho.

Por quê mesmo eu deixei de falar com você? Nem me lembro. Só lembro do quanto fiquei feliz quando soube que tinha nascido tua menininha, mas contive a vontade de ir visitar vocês duas. Lembro do grande e lindo sorriso dela - que só conheci via fotografia -, parecidíssimo com o teu sorriso, enorme e amoroso. E da dor que eu senti quando soube que você havia perdido o seu anjinho pra sempre, pois só nesse momento me dei conta da grande besteira que eu estava fazendo, o que é o orgulho diante da falibilidade humana? Nesse momento decidi ser mais humilde, e me mostrar humana - que é o que eu sou.

Quero abraçar você. Dizer que nunca deixei de me referir à você com carinho, como minha amiga. Quero chorar com você, até não ter mais lágrimas. Quero te mostrar que eu te amo muito, e que você pode sim contar comigo.

Eu amo você minha flor, e mesmo sem ter conhecido amei tua florzinha.

Espero me perdoar algum dia. Quanto à você, sei que já me perdoou. Coração de mãe não tem orgulho, nem rancor.

Com amor.

Jéssica.

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